Conhecendo a A24: Os filmes subestimados da produtora
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| (Foto: Divulgação/A24) |
Nos últimos anos, ver o nome “A24” no começo de alguns dos filmes mais aclamados pela crítica não é algo incomum. Fundada em 2012, a produtora norte-americana começou com o lançamento de longas como “Bling Ring: A Gangue de Hollywood”, de Sofia Coppola, e “Spring Breakers: Garotas Perigosas”, de Harmony Korine, participantes dos festivais de Cannes e de Veneza. Logo a empresa se tornou cada vez mais relevante no cenário atual, com os filmes produzidos e distribuídos por ela constantemente presentes em premiações.
Apesar da pouca idade, o estúdio coleciona um total de 25 indicações ao Oscar, saindo vencedor com filmes como “O Quarto de Jack”, de Lenny Abrahamson, na categoria de Melhor Atriz para Brie Larson; “Ex Machina”, de Alex Garland, na categoria de Melhores Efeitos Visuais; e “Moonlight”, de Barry Jenkins, que recebeu os prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante para Mahershala Ali.
Sendo uma das maiores responsáveis por trazer mais visibilidade para o cinema independente, a produtora apresenta um catálogo repleto de longas que contemplam temáticas e gêneros diversos. É uma coletânea de ótimos títulos, mas nem todos chegam a ter todo o reconhecimento que merecem. Dessa forma, o Holofote Jornalístico traz uma seleção com alguns dos melhores filmes da A24 que podem não ter recebido tanta atenção do grande público.
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| (Foto: Divulgação/A24) |
Nessa história repleta de humor e originalidade, acompanhamos a jornada de Hank (Paul Dano), um homem preso em uma ilha deserta que, sem esperanças de escapar do local, está prestes a cometer suicídio. No entanto, acaba encontrando um cadáver na praia, interpretado por Daniel Radcliffe, que mesmo morto consegue falar e detém habilidades que podem ajudar Hank a voltar para casa. Com bastante surrealismo e em meio a tons de fábula, o filme faz uma grande reflexão sobre o que significa estar vivo a partir da relação entre os dois personagens principais.
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| (Foto: Divulgação/A24) |
O longa ganhador do Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2016 apresenta Star, interpretada por Sasha Lane, em sua estreia na atuação, uma garota que vive em um lar problemático e abusivo. Para fugir de sua realidade, ela se junta a um grupo composto por jovens de todos os lugares dos Estados Unidos, que dirigem através do país vendendo assinaturas de revistas de porta em porta. Em meio a festas, perigos e paixões, o filme retrata a dureza dessa nova vida de incertezas, ao mesmo tempo em que transmite uma verdadeira sensação de pertencimento.
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| (Foto: Divulgação/A24) |
Dono de uma atmosfera hipnotizante e repleto de melancolia, o filme mostra um casal, vivido por Casey Affleck e Rooney Mara, que é separado devido à morte inesperada do personagem de Affleck em um acidente de carro. Ele toma a forma de um fantasma coberto por um lençol branco e retorna para a casa dos dois enquanto faz uma companhia invisível e silenciosa à esposa em processo de luto. O fantasma acaba preso ao local, tendo que vivenciar passivamente a passagem do tempo, que se mostra uma viagem introspectiva e minimalista pela dor da perda e o vazio da solidão.
Bom Comportamento (2017) - Benny e Josh Safdie
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| (Foto: Divulgação/A24) |
Composto por um ritmo eletrizante, o filme segue os irmãos Connie e Nick, interpretados por Robert Pattinson e Benny Safdie, respectivamente. Depois que os dois realizam um assalto a banco mal sucedido idealizado por Connie, Nick acaba sendo preso e seu irmão mais velho inicia uma corrida contra o tempo para resgatá-lo enquanto ainda foge da polícia. É um longa de intensa carga dramática, no qual não há um minuto de sossego, com o desespero transbordando da tela à medida em que tudo sai de controle e não se pode prever o que vai acontecer.
Projeto Flórida (2017) - Sean Baker
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| (Foto: Divulgação/A24) |
O filme retrata o dia a dia cheio de peripécias e travessuras de Moonee (Brooklin Prince), uma menina de seis anos que mora com a mãe, papel de Bria Vinaite, em um hotel barato da cidade norte-americana de Orlando, no estado da Flórida. Durante o verão, a garota se aventura com a companhia de amigos temporários que vivem no local, enquanto a mãe tenta sustentar as duas com poucos recursos, numa narrativa quase documental que denuncia uma pobreza invisível que vive às sombras dos parques da Disney presentes na cidade, através dos olhos inocentes de uma criança.
Oitava Série (2018) - Bo Burnham
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| (Foto: Divulgação/A24) |
Em um filme honesto, Elsie Fisher dá vida à Kayla, uma adolescente de treze anos que está no período de última semana de aulas da oitava série e com expectativas para o ensino médio. Cheia de dúvidas e inseguranças, temos uma protagonista tímida, receosa e com dificuldades para fazer amigos, ao mesmo tempo em que dá dicas de autoconfiança e conselhos motivacionais na internet. É um longa que consegue retratar uma juventude que tem grande influência da tecnologia e das redes sociais, enquanto estão à procura de sua própria personalidade.
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| (Foto: Divulgação/A24) |
A semi-autobiografia da diretora do longa conta a história de uma família chinesa que, ao descobrir que a avó é portadora de um câncer terminal, decide esconder dela o próprio diagnóstico, inventando um casamento improvisado para que todos os parentes tenham uma desculpa para se reunir e se despedirem secretamente da mulher. No centro disso está Billi, papel que rendeu à Awkwafina o Globo de Ouro 2020 de Melhor Atriz de Comédia ou Musical, a neta relutante com a ideia, tendo dificuldade de guardar o segredo. De forma carinhosa, o filme trata a iminência da morte, apostando no peso das emoções que nunca podem ser reveladas.
As Ondas (2019) - Trey Edward Shults
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| (Foto: Divulgação/A24) |
Este brutal drama familiar se concentra em Tyler (Kelvin Harrison Jr.), um jovem que se destaca no time de luta do colégio e precisa lidar com as pressões do pai, uma lesão no ombro e a gravidez indesejada da namorada. Ao mesmo tempo, temos Emily (Taylor Russell), irmã mais nova de Tyler, que se apaixona e começa a namorar com um colega de equipe do irmão. Dividido em duas partes distintas, cada uma com seu protagonista, o filme se mostra como uma verdadeira montanha russa de emoções, retratando o doloroso processo de recuperação de uma família desestruturada por uma tragédia.
Por Augusto Ferreira
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